Bom dia, querida!Hoje, Dia dos Namorados, 12 de junho de um ano estranho, onde abraçar é beijar é proibido, resolvi tirar as teias dos meus dedos e te escrever essa carta,
Não é da natureza da árvoreSer lenha.Não me venhaCom essa!Árvore é alento(O vento em festaBatendoNas folhas,A chuva caindoNo seio da floresta).Árvores são belas.São bolhasDe arDo paraísoNa terra.Tampouco é delaSer carvão.Ilusão Achar
De onde Eu venho?Eu venho de um lugar onde rios estão contaminados por mercúrio;de um lugar onde os campos de soja ocupam o lugar da floresta;de um lugar onde o agrotóxico contamina
Por Eduardo SeriqueNossa pobre metafísica Não nos permite verA alma das árvores,Dos bichos e dos riossubindo ao céu no fumo Das queimadas.Triste metafísica a nossa:Olhamos para o céu no clarão do dia E
Por Eduardo SeriqueA noite de São João é tão boa,Que até dá vontade de pedir a DeusQue ela nunca acabe.Não acaba nunca, Deus,Com essa festa!As pessoas dançandoAo redor da fogueira,O
Por Eduardo SeriquePalavra,Uma palavra qualquer,Qualquer palavraEu escrevoSó pra saberO Que éQue ela é.Palavra,Caneta e papel na mão:Cada palavra guardadaBem dentro do coração,Como um irmão.PalavraPresa na ponta da línguaQuando ela voa
