Um dia criei essa, mais ou menos crônica:
Dormia sossegado em minha rede feita de cipós, amarrada no galho da Jaqueira. Bem-te-vi assobiava no alto do taxizeiro chamando a femêa pra namorar. O boto, ”bichin” teimoso, tanto faz, tucuxí ou Cor de , também, se empavulam pras botinhas que por ali nadavam.
Macaco prego, gaiato como sempre ficavam fazendo pose pra chamar a atenção de futuras mamães.
...e foi assim, com um sorriso no canto da boca, que adormeci.
E num é que tive um sonho, seu “minino” que dei um pulo da redinha, cai lá no meio do quintal, abismado.
No meu sonho, a mãe Samã, minha protetora me dizia: “- Chico da Mata, acorda, branco quer levar o que te dei. Não deixa, Chico. Toda a beleza das águas e florestas, todos os animais da terra e dos rios eu te dei pra cuidar e te sustentar com a tua geração. Chico, se preciso for lava essa terra com teu sangue mas não deixa levarem o que te dei”.