Por Walter Oliveira
Assim como em outros estados do Brasil, Santarém também não ficou de fora do movimento #JaneiroVermelho. E a juventude do Engajajós e Coletivo Jovem Tapajônico também estiveram por lá somando forças junto a outros indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, que saíram às ruas de Santarém para exigir respeito às aldeias e comunidades.
Os jovens do Engajajós seguravam uma faixa que dizia "Pelos Direitos dos Jovens da Amazônia, Demarcação Já!"| Foto: Israel Campos
O ato tem o lema "Sangue Indígena, nenhum gota a mais", buscando mostrar o descaso do governo com a vida, que visa o lucro e pouco se importa com quem protege as florestas, principalmente agora com a FUNAI fora do Ministério da Justiça.
Os jovens indígenas e quilombolas já estão há dez dias ocupando a universidade por conta de cortes nas bolsas dos alunos.
"Quando a gente ouve falar que fomos resistentes passando os dez dias na universidade, isso não nos engrandece muito, pois já estamos resistindo há mais de quinhentos anos e vamos continuar até que o último índio esteja de pé (Ednei Arapyun - Conselho Indígena do Tapajós-Arapyuns).
O ato também é um modo de afrontar o que o presidente Bolsonaro diz sobre enquadrar qualquer ato público como terrorismo, para, com isso, mostrar que o povo não tem medo de suas ameaças e vai continuar lutando por todos os direitos assegurados na Constituição.