Por coletivo de repórteres Boto no evento
Neila Borari começou o dia falando da importância de refletir sobre o significado dos grafismos na pintura corporal, nas cuias e no artesanato indígena.
https://www.youtube.com/watch?v=jXRUREhEeZo
Muito mais que uma questão estética, cada grafismo é símbolo de resistência e permanência dos povos indígenas: a cultura que vem sendo transmitida de geração para geração, através do saber-fazer e saber-viver na floresta. Quais são os principais padrões encontrados em cuias? Como são feitos? O que representam?
Neila, que também faz pintura corporal com jenipapo e urucum em Alter do Chão, falou um pouco de cada um dos padrões tradicionais gráficos dos povos do Baixo Tapajós. Esse é um conhecimento presente na memória das pessoas mais idosas das aldeias e é transmitidos oralmente. Atualmente, podemos encontrar também pesquisas acadêmicas e estudo de peças arqueológicas, que trazem as mesmas representações .
O que é MUTAK?
A Mukameẽsawa Tapajowara Kitiwara (MUTAK) é o nome originalmente escrito em Nheegatu, que significa em português: “Mostra de Arte Indígena do Baixo Tapajós”, valorizando a língua nativa local. A mostra é uma ação de fortalecimento e resgate cultural indígena, de proteção da memória e ancestralidade dos povos da região e de valorização de suas artes e ofícios.
A III MUTAK acontece nos dias 27 e 28 de julho em Alter do Chão, reunindo 13 povos originários dos municípios de Aveiro, Belterra e Santarém: os indígenas Apiaka, Arapiun, Arara Vermelha, Borari, Kara-Preta, Jaraki, Kumaruara, Munduruku, Maytapú, Tapajó, Tapuia, Tupinambá e Tupaiú.