Por Gilson Tupinambá
Gestão Pública e Desenvolvimento Regional/ UFOPA
A ex-estudante da UFOPA formada em direito este ano, a indígena Vandria Borari, participa da semana pacífica em defesa da permanência dos indígenas no ensino superior. Para todos os estudantes presente, Vandria organizou de forma voluntária uma oficina sobre cerâmica.
Resistimos por milhares de anos, hoje lutamos para ser o que somos, originários dessa terra. Nenhum direitos a menos, seguiremos lutando a todo retrocesso.
VANDRIA BORARI
Os 533 estudantes indígenas de diversos cursos de nível superior, tanto da graduação como em cursos de mestrado e doutorado, estão sendo pressionado a deixarem Santarém. Somanda a esse número as vagas para quilombolas, são mais 800 estudantes que podem perder a bolsa mínima de permanência com ajuda de 510 reais por mês, para alugarem um quarto em casas de estudantes na cidade.
Gilson tupinambá, prof. Gersem Baniwa, Auricelia Arapiun.
A tarde ontem também teve palestra do professor Gersen Baniwa sobre “Política de Ações Afirmativas no Ensino Superior”.
Todos esses estudantes que saíram de suas aldeias para estudarem na cidade grande, podem não ter mais a menor condição de ficar por aqui. O atual reitor Hugo Alex Carneiro Dinizquer reduzir a bolsa para 100 reais, o que impossibilita todos de ficarem na cidade, terem condições básicas (um quarto) para dormir e comer longe de suas comunidades nativas.
A UFOPA é a universidade com mais indígenas na América Latina graças a uma política de inclusão social. Pela primeira vez desde o Brasil colônia, os indígenas do Tapajós realmente puderam ter espaço na educação superior público.
Leia também:
“Estudantes indígenas da UFOPA estão sendo empurrados pra fora da universidade”: http://www.o-boto.com/2019/08/estudantes-indigenas-da-ufopa-estao-sendo-empurrados-pra-fora-da-universidade/