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A importância da transparência da informação

A importância da transparência da informação
Patrícia Kalil
jun. 24 - 3 min de leitura
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Prefeitura de Santarém já divulgou mais de 100 mortes que parecem não ter entrado na contagem total de vítimas da Covid19 em Santarém

A prefeitura tem divulgado quase diariamente boletins sobre o avanço da epidemia do novo coronavírus na cidade. Acontece que o número diário de "óbitos de dias anteriores" nem sempre tem sido somado ao total de vítimas da cidade. 

Para ser específica, é importante entender esclarecimento pela falha nos boletins que não fizeram a soma como no modelo acima.

Para que as pessoas tenham consciência do momento que estamos todos passando juntos, não importa o grupo ou classe social, todos precisam ter informação de qualidade. Para que as regras sanitárias de prevenção e controle tenham adesão, as pessoas precisam estar conscientes dos fatos e a fiscalização atuante.  

Enquanto buscamos por um esclarecimento para questão apontada acima, vamos trabalhar com números disponíveis: no dia 22 de maio eram 30 mortos, no dia 23 de junho são 200 (ou mais, a depender da explicação para o alerta acima). Mesmo considerando 200, o crescimento do número de óbitos no período é de mais de 500%. O crescimento de óbitos é como uma lanterna no labirinto epidêmico, sinaliza o avanço do número de casos (já que é uma porcentagem desses que precisam de hospitalização e desses parte não consegue resistir).

Colunas vermelhas na parte inferior representam morte do dia, linha preta inferior representam mortes registradas como acontecidas há mais de 48h. As linhas superiores apresentam somatória de vítimas, sendo a vermelha o total oficial de óbitos e a linha pontilhada preta somando os óbitos há mais de 48h que parecem não entrar com regularidade na contagem de vítimas de covid19 da prefeitura.

Não sabemos a taxa de ocupação hospitalar da cidade e se estamos operando acima da capacidade para atender casos de covid. Relatos de profissionais na linha de frente indicam que não temos leitos sobrando, tampouco uma logística bem azeitada para transporte urgente de pacientes de toda região com difícil comunicação que é atendida pelo HRBA e HCS. 

Segundo SESPA, Santarém não tem mais leito 

Divulgado no portal OESTADONET no dia 25/06, tabela da Secretaria de Saúde do Pará informa que em Santarém não tem mais leito de UTI:

DSEI: 10 óbitos de indígenas no Tapajós

Como está o avanço de casos nas comunidades?

Embora esses dados também não tenham sido amplamente disponibilizados pela prefeitura, sabe-se que a SEMSA realizou testagem em 14 comunidades e aldeias do Tapajós durante o período de 5 a 7 de junho. Dos 149 testes realizados em pessoas com síndrome gripal, 117 deram resultado positivo (78%). "Nas comunidades do rio Amazonas (e Várzeas), os 78% se repetiram", explicou Caetano Scannavino através das redes sociais. "Nos três polos visitados (Arapixuna, Curuai e Vila Socorro) entre 30 e 31/maio, dos 124 testes, 97 testaram positivo. Esses dados comunitários foram disponibilizados somente no programa Alô Comunidade, na rádio Princesa FM, pelo Projeto Saúde Alegria.


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