Com colaboração de Sara Pereira
Nos últimos dias pudemos acompanhar um movimento crescente na circulação de pessoas e, consequentemente, nos novos casos de Covid-19 na cidade de Santarém. Quando vemos a quantidade de pessoas que continuam circulando sem necessidade, sem nem sequer o uso de máscaras, parece não ser compatível com a epidemia que estamos enfrentando. Já somamos mais de 5.700 casos confirmados e mais de 305 óbitos, segundo o boletim diário da prefeitura.
O afrouxamento das medidas de prevenção e controle, a falta de comunicação e transparência durante a pandemia, acabam fazendo com que as pessoas acreditem que o risco maior já passou. Infelizmente, está muito longe disso ser verdade. Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade (morte por 100 mil habitantes) por Covid-19 em Santarém tem a assustadora marca de 98,7, contra 37,5 no restante do país. Lembrando que o Brasil é um dos países com o maior número de pessoas infectadas e mortas por coronavírus no mundo.
A “imunidade de rebanho”, que é o que parece ser a única proposta do Estado, além de ser cruel, está muito longe de acontecer. Segundo dados do Ministério da Saúde, pesquisadores estimam que precisamos que 60% a 80% da população tenha contraído a doença, o que poderia nos dar a triste marca de mais de 2 milhões de pessoas mortas no país por coronavírus. Muita gente vai morrer para que isso aconteça.
Então se você puder ficar em casa, continue em casa. Se precisar se deslocar, faça com segurança. Mantendo a higienização das coisas, das mãos, e principalmente usando máscara. Um estudo realizado na universidade de Cambridge, no Reino Unido, aponta que o uso de máscaras pode evitar uma segunda onda de Covid-19, reduzindo o risco de contaminação em até 80%.
Infelizmente a pandemia ainda não acabou, temos inúmeras pessoas internadas, doentes, lutando por um sopro de vida. Infelizmente todos os dias morre o amor da vida de alguém. Não podemos ser tão egoístas e insensíveis a tanto sofrimento. Quem puder siga em casa, e quem não puder, use máscara.