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Formação de rede de comunicadores voluntários contra o desmatamento ilegal

Formação de rede de comunicadores voluntários contra o desmatamento ilegal
Israel Campos
jul. 19 - 3 min de leitura
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A Casa Ninja Amazônia reúne diversos comunicadores livres e entidades socioambientais para discutir estratégias de cobertura contra o desmatamento ilegal

Aconteceu o primeiro encontro aberto virtualmente pela Casa Ninja Amazônia, com a proposta de formar redes entre jornalistas livres, autônomos e organizações em defesa da região Amazônica. O encontro reuniu lideranças como Sônia Guajajara representando a APIB (Articulação do Povos Indígenas do Brasil), Ângela Mendes, filha do ecoativista Chico Mendes, da CONAQ (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas), da APOIANP (Articulação dos Povos Indígenas do Amapá e norte do Pará), do ISA (Instituto Socioambiental), da Amazônia Real, do Projeto Saúde e Alegria e da Brigada Alter

Veja em detalhes o primeiro episódio da série Brigada Amazônia:


Mediado por Marielle Ramires, uma das representantes da Casa Ninja Amazônia, o encontro virtual tem o objetivo de formar redes mais firmes e interconectadas, local, nacional e globalmente, para divulgar a realidade amazônica ao mundo e evitar mais retrocessos ambientais.

Em 2019, tivemos catástrofes ambientais pelo Brasil e na Amazônia. Em agosto deste ano, será o aniversário de um ano do “Dia do Fogo”, que deu início uma temporada nebulosa em que ruralistas fizeram um movimento coordenado para incendiar a floresta as margens da BR 163, região próxima de Rurópolis. De um ano para cá, pouco foi feito para conter o desmatamento e já consta para 2020 um aumento exponencial de queimadas, extração de madeira ilegal e garimpo de 69 % em relação à 2019. 

Neste cenário, a criação de uma rede de comunicadores da região Amazônica se faz urgente: o verão amazônico está chegando e o período de seca (agosto a dezembro) é quando são feitas as queimadas criminosas. 


A principal pauta em discussão foi a necessidade de fortalecer uma rede de comunicadores para resguardar e criar uma proteção contra represálias ou perseguições a quem está na linha de frente, registrando.

A região é foco de diversas transgressões de direitos sociais e é somada junto com o avanço de desmatadores. No ano passado, o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles exonerou Olivaldi Azevedo, diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), após o Ibama descobrir uma mega operação de garimpeiros e madeireiros no sul do Pará.

Diante da violência ambiental e institucional que se generaliza pelo país, um dos representantes da Brigada Alter, Daniel Govino, apresentou dados dos últimos meses na região. Daniel também comentou sobre a armação que foi feita quando os brigadistas de Alter se depararam com incêndios criminosos realizados por grileiros. Uma história obscura para lotear áreas de preservação ambiental pertencentes à União.


O caso dos brigadistas de Alter é mais um caso conectado com os diversos fatos que vem acontecendo na região. Pelas estatísticas, percebe-se que as queimadas continuam a acontecer e com uma intensidade ainda maior. É possível que a cidade de São Paulo nos próximos meses fique de noite em plena luz do dia novamente, como ocorreu em 2019, mas se espera consequências ainda mais graves a partir das estatísticas que estão sendo levantadas no primeiro semestre de 2020.


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