A falta de saneamento básico em Alter não é só de coleta de esgoto, mas também de captação de água da chuva que faz buracos em muitas ruas. Acontece que em 2016 a casa do engenheiro Roberto Branco, no Jacundá, estava recebendo uma enxurrada de água da chuva que vinha desde a praça do Çairé. Como medida, ele inicialmente fez uma solução que não deu muito certo: direcionou toda água para um sistema que despejava a água, de uma vez só, na boca do lago Jacundá. O lago começou a assorear. Moradores da Associação do Jacundá, representados por Jecilane Borari e Ediane Farias, pediram o então presidente do Conselho da vila, o senhor Seu Carlos Santos, resolver o problema. Seu Carlos não fez muita coisa. O morador Almério Almeida foi falar com o engenheiro Roberto Branco, que explicou a dificuldade do problema. "Eu sozinho não tenho como resolver o problema de drenagem da água da chuva desde a praça do Çairé. Este é um problema sério, mas todos precisam estar envolvidos na solução", explicou. A Associação do bairro foi ao Ministério Público apresentar uma queixa em defesa do lago. Neste final de ano, o engenheiro Antonio Paternostro e o presidente da Associação do Carauari, o também engenheiro Ivan Moreira, resolveram dar uma forcinha para encontrar uma solução conciliadora para o problema: chamaram a Secretaria de Infra Estrutura, também convidaram o engenheiro Roberto Branco, os moradores do Jacundá representados por Almério e a presidente da associação de bairro Ediane Farias. Parece que agora vamos encontrar uma solução todos juntos, com a prefeitura fazendo a parte que lhe cabe, e com união e amizade!
Por Patrícia Kalil
No começo de dezembro, o morador Almério Almeida conhecido como Pré fez mais um vídeo de denúncia, mostrando a situação do boca do lago do Jacundá e o risco de queda das árvores.
Preocupado com a situação, o engenheiro Ivan Moreira, morador da vila e presidente da Associação do Carauari, resolveu tomar providências que trariam finalmente uma solução para o problema com muita conciliação, diálogo e disposição.
Chamou técnicos da prefeitura para avaliar o estrago. Ontem, 18 de dezembro, vieram os engenheiros Sérgio Melo, Lucas Reis e o também morador da vila e engenheiro Antonio Paternostro. Estavam presentes também Ediane Farias e Almério Almeida. Todos os convidados pararam para analisar o problema.
A questão toda é a falta de captação de água da chuva de Alter, que faz estragos terríveis na época de cheia em todas as ruas da vila. Também, de casas com piscinas que jogam toda a água cinza (que não é esgoto) nas ruas, acumulando na frente da casa do engenheiro Roberto Branco. O correto mesmo seria que todas as ruas tivessem para onde escoar as águas da chuva e as casas para onde enviar as águas cinzas, se não pudessem fazer um tratamento para infiltração no próprio terreno. Mas como isso demanda consciência de todos, investimento e vontade política, ontem o grupo chegou a uma solução.
O engenheiro Roberto Branco vai arcar com o material para desviar e amenizar o fluxo da enxurrada de água que cai na boca do lago. A Secretária de Infraestrutura vai fazer uma proposta de execução. E, com força e união, em 2019 esse problema estará resolvido!
Parabéns a todos os envolvidos, pela coragem e por encontrar uma solução boa para o lago, até que Alter tenha finalmente um sistema de coleta de águas pluviais e águas cinzas (de pias, chuveiros) de todas as casas.